O Amor, afinal o que é o amor? É uma palavra tão familiar, cujo o significado – o verdadeiro significado – me é desconhecido. Claro que há o amor da família, o amor dos nossos amigos.. mas aquele amor, o amor dos poemas, o amor dos filmes, que mata, que elouquece, que dá vida, um amor avassalador...parece ser exclusivo das folhas gastas de papel, de peliculas a preto e branco. À falta de melhor, é confundido por uma grande amizade, por luxúria, desculpado, quando afinal não “era aquilo”, pela fraqueza ou pela inocência. Mas estar-se apaixonado existe. Pode é não ter um bom final – geralmente não tem.
É bonito, a inicio, faz-nos sentir bem, dizem que nos põe mais bonitas... mas a partir de certa altura começa a tirar-nos a naturalidade, começamos a planear tudo o que vamos dizer, para não ficar mal, tiramos todos os significados possiveis daquilo que nos dizem e, por ultimo, não sendo correspondido, faz-nos sentir miseráveis. Mas, se fizermos por isso, num mês continuamos a nossa vida, conseguimos esquecer, voltamos a ser racionais outra vez, percebemos que as “borboletas no estômago” não são de confiar. E os grandes amores, não são aqueles que vão para além da morte, mesmo quando não correspondidos?
Às tantas, andam todos é a enganar-nos. Às tantas Romeu e Julieta não puderam continuar um sem o outro porque Romeu ainda não tinha engordado 20 quilos e Julieta ainda não tinha rugas na cara. Às tantas todas as mulher-anjo, ao longo dos tempos, eram perfeitas porque eram inatingíveis, porque os seus inspirados não lhes conheciam o mau feitio. Às tantas, o verdadeiro amor até exista. Talvez seja o que é mais óbvio mas mais difícil: O respeito, a admiração, o sentir confortável juntos, o sentir-se querido pelo outro, o querer que a outra pessoa esteja bem mesmo que nao recebamos nada em troca, o gostar da pessoa por quem é. Não digo que o exterior também não interesse, porque, não tenhamos ilusões, claro que interessa. Mas que o amor não é exclusivo das pessoas bonitas, não é. Tenho visto muitas provas disso, portanto também não posso pegar por aí, para me quixar. Por isso, pelos vistos, devemos é a andar a guiar-nos pelos padrões errados, a perder grandes oportunidades, só porque aquela pessoa não nos põe o coração aos saltos. Mas sobre o amor pouco ou nada sei. E afinal, quem sou eu para tirar conclusões, quando todos os adultos nos dizem que ainda somos muito novas para perceber tais coisas? Com os exemplos que nos dão, nota-se que a idade faz muita diferença, de facto...
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